O Governo vai acionar as entidades competentes para averiguar o que levou a direção da Rádio de Cabo Verde a decidir pela suspensão do modelo de transmissão contínua das sessões do Parlamento…
O secretário de estado-adjunto do primeiro-ministro para a comunicação social, Lourenço Lopes, lembra que o Governo tem a tutela da legalidade sobre a RTC, a maior empresa de comunicação social de Cabo Verde.
O diretor da rádio pública de Cabo Verde, por seu lado, disse nesta quarta-feira que não se vai deixar de transmitir as sessões parlamentares, mas sim selecionar os momentos com mais interesse jornalístico, em vez de emitir tudo, mudança que motivou críticas generalizadas.
“O objetivo da rádio não é suspender as transmissões do parlamento. O que dissemos é que há momentos que não vamos transmitir. Por exemplo, a aprovação de 400 artigos fica cansativo para o ouvinte”, afirmou Marcos Fonseca, citado pela RCV.
O diretor disse que a decisão foi comunicada ao presidente da Assembleia Nacional, Austelino Correia, e que a rádio pública vai “priorizar aquilo que vai transmitir”.
Como exemplo, apontou debates com o primeiro-ministro, o Estado da Nação, temas de justiça, o Orçamento de Estado e outros momentos relevantes.
“Vamos fazer uma avaliação jornalística do interesse público. Pode ser que todos os momentos tenham interesse, mas haverá outros que não. Esta é uma decisão editorial e a direção da rádio é autónoma para isso”, acrescentou.
Na abertura da sessão parlamentar desta quarta-feira, o presidente da Assembleia Nacional anunciou a nova opção editorial da rádio, o quegerou críticas generalizadas entre os deputados.