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Criatura considerada extinta encontrada na ilha de São Nicolau

O gafanhoto de Monte Gordo, considerado extinto, foi redescoberto na ilha de São Nicolau, em 2023, e é classificado como “um fóssil vivo endémico do arquipélago”

Um novo estudo científico revelou novos detalhes sobre uma espécie de gafanhoto que só existe em Cabo Verde, anunciaram os cientistas envolvidos, num artigo publicado num portal especializado na Internet

O gafanhoto de Monte Gordo, considerado extinto, foi redescoberto na ilha de São Nicolau, em 2023, e é classificado como “um fóssil vivo endémico do arquipélago”, lê-se no sumário do trabalho de Rob Felix, Annelies Jacobs e Michel Lecoq.

O estudo foi publicado no Journal of Orthoptera Research no dia 24 de abril.

Entre outros aspetos, o artigo “descreve a fêmea, pela primeira vez, examina as características do habitat e o impacto da atividade humana e propõe um estatuto na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN)”. 

O estudo “enfatiza a necessidade de mais investigação sobre esta espécie resiliente, mas ameaçada”, lê-se no documento.

O inseto, que ao longe parece igual a outros da espécie, distingue-se por uma elevação maior que o habitual no equivalente ao dorso, fruto da adaptação ao ambiente das ilhas, tornando-o único.

Separar amostras destes gafanhotos “revelou-se bastante complicado, devido à dificuldade em perfurá-los com um alfinete”, sugerindo um “exoesqueleto reforçado”, adaptado para ter reter mais água ou oferecer maior resiliência, escrevem os autores.

A espécie “não está relacionada com as suas congéneres africanas conhecidas, o que sugere um longo isolamento evolutivo”.

“A sua limitada capacidade de dispersão”, atribuída às asas curtas, “corrobora a hipótese de que colonizou o arquipélago durante os períodos glaciares, com níveis do mar mais baixos e distâncias reduzidas entre as ilhas e o continente”.

A história evolutiva deste gafanhoto é comum a outros seres vivos que fizeram do arquipélago de Cabo Verde o seu lar.

Em março, um outro grupo de cientistas indicou que um tipo de tamareira que se supõe já só existir em Cabo Verde pode ajudar árvores semelhantes a adaptarem-se às mudanças climáticas e a outros problemas.

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